Dália Prado Lopes

1
1317

Dália Lopes Gonçalves, nasceu em Buritis no dia 11 de março de 1935. É a nona filha de Antonino Cândido Lopes e Astrogilda Evangelista do Prado. Ficou sob os cuidados dos tios José Lopes e Brígida quando criança devido à enfermidade de sua mãe.

Estudou nas cidades de Formosa – GO e Paracatu – MG, casou-se em 27 de novembro de 1958 com Oswaldo Gonçalves (Vadote) na Igrejinha de Nossa Senhora de Pena, igreja a qual ela cuidou e conservou durante toda a sua vida. Dália e Vadote tiveram cinco filhos: Amélia, Angélica, Célia, Alan e Anete.

Em 1951 iniciou sua trajetória como professora na Escola Cândido José Lopes, contratada por dois anos pela Prefeitura de Unaí. Foi contratada pelo governador de Minas Gerias, Juscelino Kubitschek em 20/5/1952, sendo efetivada em 1960, no cargo de professora primária na Vila do Burithy, pertencente à Comarca de Unaí. Profissional dedicada, destacou-se pela criatividade, criou o Clube de leitura e declamações de poesias, valorizando o talento de seus alunos.

Para que seus filhos pudessem estudar, mudou-se para Paracatu, onde trabalhou na Escola Estadual Dom Serafim Gomes Jardim de 1973 a 1975. Retornou a Buritis em julho de 1975 e continuou a dar aulas na Escola Estadual Cândido José Lopes onde aposentou-se em 1983, após 32 anos dedicados à educação.

Contribuiu para o progresso de Buritis, abrindo as portas da primeira escola de Educação Infantil, onde alfabetizava as crianças da cidade. Vários profissionais que atuam na comunidade foram alfabeitzados por ela.

Em 1985 auxiliou sua filha Angélica na criação da Escola Criança Feliz, onde atuou como professora no 3º ano. Adotou mais três filhas: Valmira Ramos e as irmãs Selamir e Márcia Gomes, tendo mais dois filhos de coração: Miro e Valdemar.

Esposa dedicada, mãe amorosa e filha obediente, cuidou de toda a família até a velhice chegar. Mulher sempre simpática e agradável, voltada para as tradições e cultura do município, será eternamente lembrada por todos como “Tia Dália”, que recebia a todos com palavras doces e um sorriso nos lábios.

Católica fervorosa, temente a Deus, devota de Nossa Senhora, cuidava dos pobres e doentes, ajudava os necessitados. Foi membro da Conferência Vicentina e do Caminho Neo-Catecumenal. Um anjo de luz que Deus nos deu para alegrar nossas vidas.

Tia Dália faleceu em 31 de agosto de 2018, em Brasília. Seu corpo foi velado com grande emoção de amigos e familiares na Igrejinha de Nossa Senhora da Pena, na Praça Dom Elizeu, em Buritis.

 

Poema à Dália Lopes

Assim tudo começou…
no brejo do Amparo
Marcolino de Queiroz buscou
O Coronel Cândido José Lopes
Que com Ana Josephina se casou.

Vieram os filhos, Antonino e Hemetéria
Ele se casou com Astrogilda e constituiu família.
No dia 11 de março de 1935
Nasceu DÁLIA,a quarta filha.

Ainda pequenininha
foi morar com tia Brígida
a sua querida mãezinha.

Sua tia Hemetéria
se casou com Lindolfo Gonçalves
nasceu o filho Oswaldo, Vadote
rapaz elegante e de fino porte.

Os primos se enamoraram
dia 27 de novembro
na Igrejinha de Nossa Senhora da Pena se casaram.

Desta união nasceu Amélia,
em seguida veio Angélica e Célia.
Em 1965, para alegria do clã,
chegou o menino Alan
e para completar a família,
um ano depois nasceu Anete, a quinta filha.

Dália, linda, flor menina
mulher mãe e companheira
cuidando dos irmãos, dos pais,
do cunhado, marido e filhos
a vida inteira.

Já mocinha, em Paracatu foi estudar
e quando voltou
logo começou a lecionar.

Professora dedicada
por todos, admirada
Na Escola Cândido trabalhou
e durante 32 anos
muitos alunos ensinou
numa sala de sua casa
o “prezinho” criou
e na escolinha da tia Angélica
ela também lecionou.

Em 1996,
um presente de Deus ela ganhou
sua linda neta Isadora chegou!

Dona de casa e esposa exemplar
mesmo trabalhando na escola,
ainda encontrava tempo
para bordar e costurar.

Lá se vão 80 anos
de conquistas, alegrias, perdas e vitórias
sempre com sorriso nos lábios
e o terço nas mãos,
louvando e bendizendo a Deus
por tudo que recebeu.

Devota de Nossa Senhora,
reza todos os dias
refletindo em todos nós
a humildade e pureza
da doce e imaculada Virgem Maria.

Amor, carinho, afeto,
respeito e generosidade
dela recebemos todos os dias
para a nossa felicidade.

Por onde passa a todos cativa,
vira tia, avó e até bisa.
Com a sua alegria,
envolve e contagia.

Dona Dália, Dalhinha
és o orgulho da família
exemplo de fé e amor
Para os seus irmãos, filhos e neta
que conseguiu educar
com muita garra e labor.

Bendizemos ao Senhor Deus
por ter nos dado uma mãe querida
a ela desejamos saúde e paz,
alegria e felicidade por toda a sua vida!

Nós te amamos!

Texto e Poesia: Maria Angélica Gonçalves Lopes.

1 comment

  1. Maria Angélica Gonçalves Lopes 31 agosto, 2020 at 23:24 Responder

    Agradeço a tvriopreto pela publicação. Merecida homenagem à minha saudosa e amada mãe, que muito contribuiu para a educação de Buritis. Maria Angélica Gonçalves Lopes

Deixe uma resposta