Conselho de Ética aprova a cassação de Cunha por 11 a 9
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o relatório do deputado Marcos Rogério, que recomenda a cassação do mandato de Eduardo Cunha.
As contas dos dois lados indicavam um empate, com o voto de minerva do presidente do Conselho de Ética, o deputado José Carlos Araújo, ainda contra Eduardo Cunha. Nem foi preciso, porque o placar não chegou a ficar empatado.
Dois votos, com os quais aliados do deputado afastado contavam, foram perdidos: um deles era o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA). E o outro voto de Wladimir Costa do Partido Solidariedade do Pará.
Ontem (14) à noite, na residência oficial da Câmara, ainda ocupada pelo presidente afastado, nem a defesa dele conseguia explicar o fato de dois parlamentares, antes aliados, terem votado em outro sentido.
Teremos agora um rito rápido, com cinco dias para a manifestação da defesa, sobre eventuais ritos formais do processo – haverá, por certo, esta alegação. E depois, mais cinco dias para a Comissão de Constituição e Justiça decidir em votação.
Por mais que se tente manobrar, e que seja possível prever tentativas de manobra, a margem de chances é pequena. Depois, o Plenário tem a palavra final: são necessários no mínimo 257, dos 513 votos, para que se dê a cassação.
Como deputado e presidente afastado da Câmara por ordem judicial do Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha deve enfrentar o processo de cassação sem poder atuar diretamente no Congresso Nacional.
FONTE: g1.globo.com