Polícia Federal realiza condução involuntária em Buritis

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A operação conhecida como Lapa da Pedra realizada ontem (23) pela Polícia Federal (PF) desarticulou um grupo criminoso que fraudava benefícios previdenciários tendo como foco principal a Agência da Previdência Social (APS) de Formosa (GO) onde estavam os servidores que prestavam as fraudes, incluindo a médica perita que atualmente exerce sua função na cidade de Alagoas. A operação atingiu Buritis (MG), Uberlândia (MG), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL) e o Distrito Federal.inss-buritis

Por volta das 7h30 da manhã a PF cumpriu em Buritis mandado de condução coercitiva (condução involuntária) dentre os 70 expedidos na operação. Uma equipe da Polícia Federal realizou oitivas no posto da Polícia Civil do município, onde foram recolhidos documentos finalizando suas atividades por volta das 10h da manhã.

Em coletiva a Policia Federal informou que a quadrilha atuavam em duas frentes bem definidas: benefícios urbanos e rurais. O grupo ainda contou com a participação de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que seriam responsáveis por inserir dados falsos em sistemas previdenciários.

Segundos as apurações informações de contribuintes foram alterados havendo o direcionamento de agendas de perícias médicas para um servidor específico, facilitando a liberação do benefício a quem não tinha direito a benefícios de aposentadorias por invalidez, auxílio-doença, aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e pensões.  Já os benefícios rurais foram concedidos por meio de declarações falsas de sindicatos rurais locais. Todo o esquema criminoso também contaria com o apoio de despachantes, contadores, empresários, atrevessadores, podendo ainda ter a participação de advogados.

As investigações começaram em 2012 onde foram encontrados irregularidades desde 2005. A APS de Formosa (GO) sofrerá intervenção administrativa para revisão de todos os trabalhos e concessões, e muitos segurados devem ser intimados para explicações, podendo ter seus benefícios extintos e chamados a devolver o dinheiro aos cofres públicos. Os segurados também responderão criminalmente pela prática de atos ilícitos.

Os prejuízos chegaram a R$ 31 milhões, dentro dos aproximados 400 benefícios revistos. Supõe-se ainda que se todos os fraudadores recebessem seus benefícios indevidamente até a expectativa de sobrevida de cada um o prejuízo chegaria a R$ 170 milhões.

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